A história do território tecnológico e o seu uso por parte do povo.

É quase impossível pensar um dia se quer, sem o uso massivo de diversas ferramentas de comunicação, que foram criadas com a ideias de diminuir a distância e otimizar a comunicação entre pessoas, ou mesmo nos manter informados ou realizar tarefas essenciais para nosso dia a dia como pagar uma conta, responder um email, marcar uma viagem, compartilhas segredos e confissões entre amigos e muitos outras finalidades em nosso exercício de nos comunicar. Porem uma coisa que não esta diretamente ligada a esse uso das ferramentas tecnológicas digitais, principalmente nos dias de hoje, e a reflexão de onde vem essas tecnologias que usamos indescritivelmente de forma por vez viciosas. Quem não se sente incluído ao usar uma rede social como facebook, instagran, whatszapp, E notório que ficamos muito mais distante de muitas pessoas que amamos se não nos furtamos a usar tais ferramentas. Logo Aqui nos ateremos aos caracter étnico das tecnologias, ao passo que analisaremos o uso das tecnologias por pessoas negras e indigenas de povos e comunidades tradicionais que historicamente tem sido vítimas de processo coloniais e escravistas, e como a massificação do uso desenfreado dessas podem fortalecer o processo de racismo ao passo que tendenciosamente direcionadas seus usuários não somente ao embrutecimento como a danos psicológicos que podem seus usos em largas escalas diminuir discernimento relacionados a compreensão de suas condições como afastar o povo de suas práticas tradicionais e culturais, servindo assim a grande jogada capitalista que alimenta a coleta de dados e informações de forma unilateral, similar aos processo de colonização e escravidão.

A Truculenta História da Internet

Muitos conceitos e práticas inerente aos universo tecnológico e usos das ferramentas, precisam ser analisados, o que facilitara nossa compreensão da profundidade e seriedade das questões relacionadas esse uso. Logo, precisamos fazer um viagem histórica sobre a origem e história da internet, passando pelos seus conflituosos, caminhos de guerra empresarial, que resultou na internet que temos hoje, sem isso, impossível ter um compreensão dessa internet, que hoje nos permite fazer coisas tão magnifica quanto mágica. Durante a exaustiva guerra fria travada entre Estados Unidos da America e antiga união soviética, o conflito antagônico, tanto político como ideológico, o projeto ARPANET, criada pela ARPA, sigla do inglês (Advanced Research Projects Agency), criada com a ideia de proteger os dados e informações sigilosas em posse do EUA, que temiam ataques da União Soviética, que poderia trazer esses dados a tona. Apesar da densa potencia bélica envolvida na criação diversos professores universitários a exemplo de J. C. R. Licklider, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT),professores universitários (como Ken King), estudantes (como Vint Cerf), empresas de tecnologia (como a IBM) e alguns políticos norte-americanos (como Al Gore) que desmitifica a ideia puramente militar na criação da internet. ''Sandroni, Araújo Gabriela (1 de janeiro de 2015)''. Mostrando assim o desejo do estado já tomar posso dessa grande ferramenta para salvaguarda dados, mostrando a importância dada a informação desde então. As universidades da época, meio que transformaran-se em testadores dessa criação e em 29 de Outubro de 1969 ocorreu o que podemos chamar de o primeiro e-mail da história, mesmo o computador que recebia a informação em texto, ''LOGIN'', porem de acordo com o Sandroni, o computador parou de funcionar na letra ''o'' da palavra, assim o desejo do professor Leonard Kleinrock da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Tal guerra em meio aos anos 70 tal guerra teria se dissipado, sem o tal ataque tendo acontecido, ainda assim teria sido criado a ferramenta que mudaria o rumo do mundo.

A ideia de que a internet surge em um cenário e guerra não pode fugir de nossa percepção, tendo em vista a importância das tecnologias como ferramenta de defesa, mostrando a importância da comunicação diante de um processo de disputa ideológica e política, e que a informação é um bem importante para um nação, que para as grandes potências, ter soberania desse meio é algo que merece total atenção em relação a proteção.

                           ''O final da Guerra fria abalou o vigor da vertente militar do estudos Estratégicos durante os anos 90, até efetivamente 11 se setembro de 2001. 
                             Com efeito,  a administração Clinton Interiorizou o espirito de ''paz perpétua'' da época e começou a dar especial atenção à competitividade 
                             económica internacional face aos novos e potenciais mercados emergentes, por exemplo direcionando prioritariamente aCia no sentido da 
                             espionagem e contra espionagem económica (GRAÇA, 2010, P, 260- 261, 300-302)''

A perspectiva de guerra se repete no meio digital, onde a otimização dessas ferramentas se dá tal qual um disputa anteriormente travada entre EUA e antiga UNIÃO SOVIÉTICA, e tendo essa disputa esfriado os estudo puderam de forma um tanto mais livre, sendo convidadas universidades que realizassem estudos na áreas de DEFESA fazer uso da ferramenta ARPANET. depois do acesso volumoso de estudantes e pessoas afins, o projeto começou enfrentar um problema relacionado a capacidade de suportar acessos que cresceram grandiosamente o projeto se dividiu em dois, o MILNET com uso mais militar e o ARPANET que aglutinava estudante e amigos desses estudantes, todos juntando esforços para aprimorar a ferramenta. Importante ressaltar a importante contribuição dos jovens que faziam parta da ideias de contracultura, entusiastas do compartilhamento livre de informação e conhecimento,

A primeira dela é a inclusão digital, que compreende-se pela tentativa de garantir que todos o indivíduos terem acesso a comunicação através de ferramentas digitais e a garantia de acesso a informações as tão famosas (TICS).

Incluão Digital

Para alem de qualquer questão histórica, envolta no mundo da internet, uma coisa que tem sido foco de muitos estudos e teorias sãos as (TICS), tecnologias de informação e comunicação, e seu acesso por todas as pessoas, pensando nisso o debate da inclusão digital gira em torno da tentativa de garantir o acesso para todas as pessoas, pensando romper as barreiras da sociais que também assolam os meios digitais.

Mais do que nunca a apropriação de tecnologias livres, autónomas se faz necessário para nós africanos diaspórico e continentais. Nessa crise de saúde, em que a única presença se dá por meios de tecnologias digitais, as tentativas de fazer valer nosso direito de se comunicar, tem gerado grandes furtunas a quem historicamente nos odeia e mesmo assim lucra grandiosamente com nossas lives, textões e bate papos que deveriam, muitos deles, ficar entre nós, esta sendo armazenados em bancos de dados, a disposição de ser negociado com fins de espionagens a troco de que? Otimizar a supremacia branca e manter os privilégios diante de nossas necessidades básicas.

Se formos usar um computador, por padrão nos empurrão um sistema WINDOWS, para bate papo, Whatsapp, nossos amigos estão nos facebook, nossas live's pelo instagran e facebook, todos essas três ultimas do mesmo dono. No computador que você compra por padrão injusto, vem inseguro, como estratégia de usarmos em breve os anti-vírus que não protege dos vírus criados pelo mesmo criador do sistema operacional que controla todo seu computador e que o anti-vírus criado por esse também não tem capacidade de proteger.

O racismo é altamente mutável, e no campo tecnológico fez um grande espaço de dominação, sendo a internet facilmente comparável com um grande latifúndio, com proprietários poucos para muita terra, e se, o povo tiver a necessidade de usar, o fará de forma que gere muito lucro para esses grandes empresários, representantes da supremacia branca mundial.

GAFAM é o acrônimo de gigantes da Web, Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft, essas grandes empresas são as 5 grandes potência do EUA, reproduzem de forma inusitada as grandes mazelas que assolavam anteriormente os territórios. Um fato histórico, chamado guerra dos navegadores marcou o que hoje conhecemos como internet, esses acontecimentos de guerra entre os privilegiados dos meios da tecnologias, foi marcados por atropelos em busca da tomada territorial desse meio, que hoje se faz completamente necessário nas vidas das pessoas, pessoas essas que carentes de diversos direitos, quando fazem uso de tais tecnologias, fazem de um forma superficiais, uma vez que estamos a muito tempo sendo influenciados a termos nossas informações usurpadas, afinal de conta desde os processos coloniais, os escravistas focaram em nossas informações, nossos conhecimento, nossas práticas ancestrais.

Apropriação tecnológica

Diante dessas tecnologias que foram historicamente empurradas goela a baixo das pessoas, todas elas, que funcionam de forma estratégicas para gerar capital para seus donos, possuem adversárias livres, que possibilitam a utilização de uma boa parcela desse território, apurando a diferença entre as tecnologias que podemos chamar de ''proprietárias'', para exemplificar que são de códigos fechados e que precisam ser pagas para serem usadas, e a ''livres'', sendo livre usada aqui para denotar as que que não precisam ser pagas para usar e possuem uma filosofia bastante parecida coma s lutas por territórios travadas pelos povos e comunidades tradicionais por seus territórios.

Importante ressaltar que diante das tecnologias mais próximas e possíveis dos povos para garantias dos seus direitos enquanto usam essas tais tecnologias como território minado, e a compreensão desses é muito importante para alcançar a tal liberdade. Essa diferença está baseada em princípios. O universo que faz pareia ao mundo proprietário e capitalista em torno do windows, e os software Gnu-Linux, porem mesmo diante desse universo livre, existem rachas e brigas que filosoficamente nos embaralha a compreensão. Essa questões filosóficas é o que permite determinar se um programa é categorizado como software livre ou não, mas, ainda existe os programas chamados se código aberto ou do inglês, Open Source, porem esses não compartilham dos ideais filosóficos dos softwares livres, onde a liberdade e o senso de comunidades dos usuários são respeitados. Significa que o usuário tem total liberdade para executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software. Claro que para as grandes empresas GAFAM, essa liberdade atrapalha bastante os ganhos com os usos emburrecidos de suas tecnologias, significando inclusive que as vulnerabilidades referente aos dados que os GAFEM pensavam em sequestrar e comercializar nas suas ações de políticas de dados, passam a serem massivamente protegidas pelos usuários dos software livre, que coletivamente trabalham os códigos de forma continuada, resolvendo as vulnerabilidades em suas redes colaborativas assim que elas aparecem, ou quando são reportadas até por usuários mais simplórios dos software livres, uma vez que todos os usuários contribuem com a segurança do sistema. Importante ressaltar que a a liberdade aqui citada inclui o uso do software livre de forma comercial.

Imagina o estrago que as tecnologias não livres, fazem em nossas cabeças e nossas comunidades, levando em conta que ao usarmos tais tecnologias, deixamos totalmente expostos ao olhos de nossos principais algozes, todas as nossas conversas, estratégias, gostos, necessidades. E quando não conseguimos ao menos aprender a ler, de forma estrutural termos educação tecnológica plausível para usarmos de forma crítica, ficamos completamente nas mão das empresas que lucram construindo perfis de compras com os nossos dados que são vendidos por empresas como o facebook, instagram ou qualquer um das outras gigantes que compõem o GAFAM quando clicamos em simples produtos, ou quando fazemos uma pesquisa em um navegador, é de práxis aparecer os produtos de forma automática em nossas redes.

Ainda mais preocupante é quando nossas comunicações comunitárias são proibidas, perseguidas e criminalizadas, a exemplo das rádios comunitárias fechadas e perseguidas enquanto nossas comunicações são influenciadas de alguma forma meio que invisível por essas empresas nefastas.

Eu sempre que posso me afasto dessas redes pra manter minha sanidade filosófica e tecnológica, mais ao compreender que muitos dos meus ainda estão na mão dessas empresas volto pra fazer meu papel nessa batalha de contra poder, agindo com a apropriação tecnológica para tentar compartilhar técnicas e ideias sobre uso de tecnologias e comunicações livres comunitárias.

Precisamos nos basear por modelos filosóficos que me deixe próximo ou em total liberdade, seguindo a linha da quilombagem e quilombismo, sendo elas vertentes importantes de pan-africanismo em modelo brasileiro, Os quilombos não negociavam com os colonizadores, não faziam uso sem responsabilidade com a liberdade de nenhuma propriedade ou ferramenta, retomando território e reafirmando valores civilizatórios africanos e indigenas da forma mais coletiva possível. Segundo esse exemplo histórico de luta por territórios, precisamos antes de mais nada reafirmar nossa localidade psicológica e filosófica.