Impactos das ideias Eugênicas na Diáspora

Eugenia é um termo criado por Francis Galton (1822-1911), que a definiu como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente, pregava que a miscegenação, causaria o desaparecimento da raça humana. O tema é bastante controverso, particularmente após ter sido parte fundamental da ideologia de pureza racial nazista, a qual culminou no Holocausto, e primeiro grande campo de concentração do Congo durante o regime de Leopoldo II de dezembro de 1909) foi o segundo Rei dos Belgas de 1865 até sua morte. Foi também príncipe da Bélgica, duque de Saxe, duque de Saxe-Coburgo e Gotha, duque de Brabante e soberano do Estado Livre do Congo (1884-1908), onde realizou um doas maiores massacres da história, submetendo os povos africanos a diversas experiências darvinistas . As ideias difundidas pelo Darwinismo social acreditam que as sociedades evoluem naturalmente de um estágio inferior para os estágios superiores e mais complexos de organização social. Assim, povos ditos civilizados (os europeus) têm o dever de ocupar, dominar e explorar as culturas “mais atrasadas”, a fim de levar-lhes desenvolvimento, progresso, avanços tecnológicos e permitir-lhes que alcancem os estágios superiores de civilização.

Mesmo com a cada vez maior utilização de técnicas de melhoramento genético usadas atualmente em plantas e animais, ainda existe um certo receio quanto ao seu uso entre os seres humanos, chegando até o ponto de alguns cientistas declararem que é de fato impossível mudar a natureza humana, negando o caráter animal de nossa espécie. Atualmente, diversos filósofos e sociólogos declaram que existem diversos problemas éticos sérios na eugenia, como o abuso da discriminação, pois ela acaba por categorizar pessoas como aptas ou não-aptas para a reprodução.

Construída com base nos estudos que viria a gerar uma defesa estrutural para o que conhecemos hoje como RACISMO, a eugenia serviu de base de epistemologia que tentava pregar a pureza e superioridade da branquitude e sobre tudo no Brasil, teve apoio de historiadores e juristas a exemplo de Oliveira Viana, Monteiro Lobato e muitos outros. A partir dessas ideias nasceu a criminologia, que consiste no estudo da natureza dos crimes, do comportamento criminoso da vítima e das maneiras de reinserir o criminoso na sociedade.

A criminologia moderna procura se estruturar através dos métodos observacionais e na interdisciplinaridade para formular um estudo consistente que auxilie no combate e prevenção das atividades criminosas na sociedade. Esses estudo foram elaborados a partir de estigmas, e ao vir no brasil por volta dos anos 60 e 70, Cesare Lombroso, realizava pesquisa, medindo tamanho do crânio, lábios, testas e PRINCIPALMENTE COR DA PELE e a partir disso essa teoria poderia prever possíveis criminosos em potenciais. Mesmo parecendo uma pura loucura isso esta sendo colocado em prática pelo estado Brasileira, valendo ressaltar que as praticas da policia esta atrelada diretamente as ideias criadas pelos criadores do Racismo estrutural, e é de longe a maior ferramenta de defesa da limpeza étnica dos povos africanos diaspóricos e indigenas nas Américas. Logo o que está fantasiado de guerra as drogas e a criminalidades é sem sombra de dúvida um ato constante ato de execução sumária dos povos africanos e indigenas e seus decendentes, quando analisamos por exemplo a ação truculenta e genocida da polícia no Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão e outros estados com auto índice de mortes ocasionados pela ação desse braço armado e que dá vida as ideias dos eugenistas, infelizmente notamos a parte prática dessa teoria, e não podemos naturalizar a ideia que deixa de forma invisível a continuação do processo colonial que permanece vivo nessa tal modernidade!

Mil Onilètó Alagbede

ILE ASE ALAGBEDE OLODUMARE

Centro Unificado Pan-Africanista (C.U.P)

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Produção de tijolos de adobe

Tijolos de adobe é uma tecnologia africana muito utilizada nos tempos de hoje, nos dar oportunidade de pensar a construção com um formato ancestral e de baixo nível, um vez que os materiais que são usados para a confecção é basicamente barro *terra, agilosa, com presença de areia na sua composição. algumas das muitas técnicas usadas para fazer tijolos de adobe usam somente a terra agilosa que possua quantidade significativa de arreia, onde a arreia será umas das responsáveis para a liga do tijolo. uma outra técnica é juntar uma pequena quantidade de cimento ou mesmo palhas de milhos ou matos com a características parecida.

Uma variação interessante do adobe, é a conhecida técnica do super adobe, que se diferencia do tijolo de adobe, nos materiais e suas composições, digamos que o suber adobe seja uma tecnica melhorada do adobe, podendo ser feita com materiais como roloes de saco de ráfia, arrame farpado e claro, a terra argilosa. Uma característica que chama muita atenção no super adobe, é que em seu processo, parece ir se formando cobras de saco de terra, formando assim as resistentes e termoinamicas estruturas da parede. Para chegar no resultado esperado, precisa se usar alguns materiais, pois não serão feitos tijolos como na técnica a cima citada. nesse caso sera usado tubos de pvc de 25 cm que ficarao na boca do saco, baldes para carregar as terras, pilãos, martelo de borrachas para dar formas a parede e muito trabalho coletivo. as vivencias que acontecem em torno das bio contrução, que alia manejo duravel, movimentando encontros de trocas de conhecimentos ancestrais e comunitários. em cada camada da cobra de barro que vai se formando coloca-se arrame farpado para fortalecer a junção e nao permitir os deslise da parede criada. Ao mesmo tempo que pensamos e colocamos em praticas, tecnicas ancestrais resgatamos formas de vidas sustentáveis que fortalecem a economia local, usamos menos combustiveis foceis, gastando menos energia, pensando a permacultura como pratica viva do resgate do saber tradicional.

COB - É a mistura de 60 de arreia e 40 de agila, junto com fibras que servirão como a junção do materiais, usadas geralmente palhas do ceral, a ideia é

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O principe Garvey chegou

O dia começou com um ar de preparo pra chegada do príncipe, o tão esperado Kayodê Garvey, na quadragésima semana fe gravidez, tranquila por sinal, as contração constantes nos deixaram em alertá, no início da noite, na verdade metade, aproximadamege 22:40 da noite as reclamações de dores estranhas acompanhadas de construções cada vez mais fortes nos fez ficar em atenção total. A correia aumentou ao Dara se levantar e sentir algo molhado entre as pernas, eu num pulo levantei, e ainda de resaca da bebedeira depois de carregar cimentos e blocos pra construção da casa da sogra, mesmo assim a tontura da cerveja passou rápido e bum instante quando percebemos que era liquido amniótico e o tampão mucoso. Começou a agunia de arrumar as coisas pro grande momento. Mochila de roupas, pega os documentos, chama o uber, avisa mainha, vamos correr pra chegar Logo. No caminho o uber que absorveu nossa preocupação contando com o mapa do celular que descarregou, se perdeu, a agonia aumenta. Chegamos no maternidade e mainha já estava. Mochilas caindo, corre amor vamos logo, atravessa devagar. Depois de todos os protocolos somos mandados pra sala de espera para as consultas necessárias. Depois de checar o toque, sabemos que já estamos 3 cm adiantado no processo. Vamos pra sala de parto, pai trocafe roupa e se prepara pra assistir a parturiencia, e não podia faltar mais contrações e muitas dores. A medica indica uma anestesia peridural e hack, isso de fato ajuda a aguentar a dor, chama o obstetrícia depois de aplicadas as muitas agulhadas na cervical da preta. Quando o medico obstetra chegou e verificou com outro toque a situação. Explicou que agora era questão de esperar a grande hora, pois a dilatação já estava completa. Toda a equipe se prepara e logo começa o trabalho de parto, natural e tranquilo, logo é possível olhar os fios de cabelo e as contrações acompanhado de muita força da Dandara, por volta, as 2:50 da manha se concretiza e podemos ver o rosto lindo de nosso principe. O nascimento resignifica a vida de toda família, a vovó que caminha de um lado pra outro nervosa e ansiosa. O Kayodê Garvey nasceu forte e bonitão, cheio fe cabelos, medindo 51 cm e pesando 3,600 kg.

Compensa toda a espera o amor transborda e um novo caminho caminho se inicia.

Mil Onilètó 15.12.19 11:03 domíni go

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Ilha dos tambores

Salve Mestre Eliezer Ajayo um dos grandes guardiões da cultura e tradições dos tambores do Maranhão!

Tambores, contam um história de resistência dos povos africanos e diaspórico, o tambor para os povos não é somente um instrumento musical, ele sintetiza a maior importância da cosmo sensação e cosmo visão tão necessária pra nos conectar cada vez mais com nosso lugar!

São Luis é um território peculiar quando o assunto é tambores, tamanha é a suas importância para repasse das memórias, saberes e fazeres africanos e indígenas, mesmo tendo a lei que obriga o ensino da cultura africana, afrobrasileira e indígenas, foi sim, nossos terreiros, nas diversas manifestação espirituais, os maiores espaços de ensino da cultura e histórias para nossas crianças, e jovens, muito desses repasses são feitos a partir de mestres e mestras, que usam da pedago-ginga e da cultura do encantamento presente nas manifestações que envolve a musica e ritmos dos tambores.

No Maranhão a variedade de tambores, e instrumentos tradicionais de matriz africana e indígena aparecem com muita força mostrando que o estado é um território que guarda uma ampla variedade de memória relacionados a continuidade desses saberes entre os ascendentes e descendentes.

Diante dessa variedade considerável o tambor Batá tem um importância emblemática, uma vez que é o principal instrumento de uma dessas praticas ancestrais africanas, o tambor de mina, sendo possível já perceber pelo nome tambor na referência a essa prática ancestral proveniente dos negro-mina, denominação dada ao negros em condição de escravidão vinda da “costa situada a leste do Castelo de São Jorge da Mina” (Verger, 1987: 12)

Aparecendo em diversas regiões diaspórica o tambor Bata ou Abata como é chamando no maranhão, tendo um função bastante importante de condensar a comunicação do céu com a terra, ligando os homens e mulheres na terra com seus ancestrais, aproximando de seus fieis e nos presenteando com uma linda Cerimônia, ancestral, envolvendo música e dança, essas duas fortes partes são essenciais para espiritualidade afro indígena. Me recuso me referir as praticas ancestrais espirituais africanas e afro indígena como religião, uma vez traduzido de sua língua não África, quer dizer RELIGARE, a religião seguindo essa linha, a religião tem o papel de religar alguém a Deus . Sendo nós povos que não fomos desligados em nenhum momento de nossa história. Mesmo diante de tantas tentativas.

Em Pernambuco é possível encontrar o parentesco ou família, o tambor chamado Ilú Batá, se diferenciando ao Abatá no tamanho e na posição e forma que é tocar, no Maranhão assim como em cuba o instrumento é tocado em posição horizontal, em Cuba os três tambores são chamado de Okónkolo to tambor médio, Iyá o tambor maior , Itótele o menor. Já no Maranhão como é chamado o maior é chamado tambor da mata, e outros dois de tamanhos similares são chamados de guia e contra guia. Ambos os instrumentos são formados por uma caixa de ressonância cilíndrico coberta por couro tendo corpo de madeira ou adaptado para ser feito de outros materiais que permitem a mesma qualidade sonora, como o exemplo do pvc, ou mesmo barriu de madeiras.

Importante perceber o quão importante foi esse processo de readequação dos modos de fazer tambor em situações de ausências desses materiais, foram feitas justas-posições como uma importante estratégia de resistência. Nessas imagens é possível encontrar todo esse conhecimento sendo colocado em prática como uma prática de autonomia financeira, salvaguarda dos saberes e saberes do Doutor dos tambores, o Mestre Eliezer, tem destinado sua vida a continuidade desses conhecimento tão importante para nossa reaproximação com o nosso rico saber ancestral!

Da mesma forma que todos os tambores não possam ser tocados de qualquer forma, a sua fabricação merece a mesma atenção, o fazedor de tambores é escolhido pela memória ancestral para ser o criador do instrumento de comunicação sagrada do povos com os deuses. Quem faz tambores merece respeito e sendo esse ainda, o que ensina novas gerações op valor desse bem histórico afro indígena.

Esse texto ainda é pequeno para expor a seriedade e força dos tambores, uma vez que computador não transmite emoção, sensações, ancestralidade, a força vital que nós move. Ao tempo em que as tecnologias nos afastam de nossas tradições, amplificando as distâncias, otimizando o esquecimento somático dos africanos diaspórico os tambores nos conectam não somente entre os homens, mas com nossos deuses, nossa memória, tendo todos os valores presente no corpo e espírito ancestral de cada africano e diaspórico. Independente do que possamos seguir em quanto ideias, filosofia, crença, política, quando o tambor toca, é involuntária a conecção que esse provoca, é como uma grande rede wifi com dados enviados pelo tambor, e nosso corpo como um computador que se conecta e recebe a vibração dessa comunicação.

Ajude ampliar nossa rede de tambores em sua mais espetacular salvaguarda dos valores civilizatórios africanos.

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